terça-feira, 29 de julho de 2008

A tecnologia do abraço, por um matuto mineiro...

O matuto falava tão calmamente, que parecia medir,
analisar e meditar sobre cada palavra que dizia...

- É... das invenção dos homi,
a que mais tem sintido é o abraço.

O abraço num tem jeito di um só aproveitá!

Tudo quanto é gente, no abraço, participa uma beradinha...

Quandu ocê danado de sodade, o abraço de arguém ti alivia...

Quandu ocê cum muita reiva,
vem um, te abraça e ocê fica até sem graça de continuá cum reiva...

Si ocê feliz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim da sua alegria...

Si arguém duente, quandu ocê abraça ele, ele começa a miorá,
i ocê miora junto tamém...

Muita gente importante e letradotentô dá um jeito de sabê purquê qui é qui o abraço tem tanta tequilonogia, mas ninguém inda discubriu...

Mas, iêu sei! Foi um ispirto bão de Deus qui mi contô...

Iêu contá procêis u qui foi quel mi falô:

O abraço é bão pur causa do Coração...

Quandu ocê abraça arguém, fais massarge no coração!...

I o coração do ôtro é massargiado tamém!

Mas num é só isso, não... Aqui a chave do maió segredo de tudo:

É qui, quandu nois abraça arguém, nóis fica cum dois coração no
peito!...


INTONCE... UM ABRAÇU PRÔ CÊ QUI É MEU(MINHA) AMIGU(A)
!!!!
(autor desconhecido)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Luz e Sombra















A disrupção presente nos ser humano atual, que é causa maior de nossa infelicidade e insatisfação, tem cura.

Disrupção que eu digo é entre o seu lado bom e seu lado mau.
Como assim? Todos temos um lado bom e um lado mau certo?
Errado.
Todos temos dois lados maus, uma vez que são dois e conflitam entre si. O que você considera bom e mau em si mesmo não tem a menor importância real, uma vez que todas as características que analisar podem ser boas ou más, ou melhor adequadas ou inadequadas, dependendo do ponto de vista e objetivo em questão.

...
Mas a doença da Cisão interna que é o foco deste tópico ainda acontece apenas em casos mais graves. A carga de perfeição exigida é tão grande e tão incoerente com a realidade da pessoa, que ela não tem opção a não ser se tornar duas: Uma extremamente boa com todas as qualidades moralmente muito melhor do que qualquer pessoa. E em contrapartida, pra balancear, toda a outra parte não tão virtuosa aglutina-se (ou é empurrada pra baixo do tapete) numa personalidade doente, e o Ser da pessoa oscila entre essas duas realidades.
...

Leia o texto na íntegra aqui.
Adaptação resumida em mp3 aqui.
(Clique com o botão direito e escolha "Salvar como")

Psicologia da Evolução Possível ao Homem

Olá Queridos;

Leiam esse livro tão logo quanto puderem, de preferência até antes do próximo encontro.

Psicologia da Evolução Possível ao Homem - P. D. Ouspensky

Disponível aqui para download imediato.
(Clique com o botão direito e escolha "Salvar como")

É necessario um programa para ler arquivos PDF.
Caso não tenha, pegue aqui.

Abraços

Marcel

domingo, 20 de julho de 2008

Vô? Num Vô?




Existem duas abordagens para o auto-desenvolvimento e a conseqüente libertação gradual;
A primeira é a busca da perfeição através da Observação e Ação. Observar o funcionamento do mundo e de si mesmo, aprender suas leis e ganhar o poder de modificar o mundo e a si mesmo de acordo com sua vontade.

Como se dá?
Uma vez que somos seres manifestos, e existe em nós um Desejo implícito, não manifesto, a satisfação deste automaticamente nos libera. De duas uma, se o ímpeto do Desejo é uma realidade interna da alma, uma real necessidade do ser, a satisfação dele trás consigo a sensação de satisfação plena. Caso contrário, ou seja, se for apenas um Desejo da mente, um devaneio, sua realização trás consigo a sensação de vazio e inutilidade, em outras palavras, a sensação de que “não era aquilo”.

Em ambos os casos eles perdem a importância, a atratividade, e você se liberta dos desejos implícitos enquanto os manifesta. Se não os satisfaz; não tem o dinheiro que quer, as posses ou a fama e o poder que sonha (mesmo se inconscientemente), mantém-se preso nisso indefinidamente. Uma vez mais liberta do desejo, a alma fica cada vez mais livre para seguir seu caminho.

Agora não necessariamente é possível eliminar todos os desejos de uma vez só. Então passa a ser importante notar o funcionamento do desenvolvimento da alma, no sentido de obtenção de prazer e satisfação de desejos na terra.


A melhor condição pra o desenvolvimento das habilidades comuns da vida depende da capacidade da pessoa centrar-se, ou seja, do grau de libertação individual do ser. Então é um paradoxo porque se pra se libertar dos desejos você precisa satisfazê-los, e pra satisfazê-los precisa ser excelente nas coisas do mundo e pra ser excelente ao longo das encarnações sucessivas precisa da Presença de espírito, que é uma conseqüência da liberação dos desejos; então se entra num ciclo (ou melhor, numa espiral)...

Uma forma de romper esse ciclo (ampliar a espiral até que se torne uma reta) é aumentar a qualidade do seu “profissionalismo”, para assim aumentar a quantidade e qualidade de satisfação dos desejos. Só que como esse profissionalismo só se desenvolve pelo aumento da Presença, tem de haver uma forma de alimentar esse círculo pra que essas qualidades possam ser intensificadas.
E o combustível para isso é basicamente a Vontade.

Não poderia ser de outra maneira uma vez que se o Desejo fosse a força motriz dessa modificação, sempre existiria o Desejo de eliminar o Desejo e, portanto, o Desejo não poderia jamais ser transcendido e a plenitude continuaria inatingível.

Então nesse caminho do profissionalismo, a Vontade é fundamental; não aquela vontadezinha meia-boca como as promessas vazias de ano novo. Uma Vontade firme, decidida e prazeirosa, mais forte que qualquer distração, que trás consigo a sensação absoluta de se estar fazendo bem para si mesmo. Um ser que tem Vontade com o tempo e com certo grau de esforço vai conseguir mais que outro que não tem. E com menos tempo do que se supõe e mais tempo do que nossa preguiça gostaria, é possível que se desenvolva certo grau de habilidades e Presença num nível incomum... bem mais elevado que a média humana.


Nessa 1ª abordagem o cidadão se envolve o suficiente pra romper esses padrões de desejo e a cada desejo satisfeito e constatado como ilusão, mais forte fica a sensação que os outros desejos que restam são ilusão também, e menos o ser vai se identificar com eles.













Assim pode-se enfraquecer o Desejo Primordial...


domingo, 13 de julho de 2008

Descobrindo a vida por baixo da situação de vida

Aquilo a que nos referimos como “vida” deveria ser chamado, mais precisamente, de “situação de vida”. É o tempo psicológico, passado e futuro. Certas coisas do passado não seguiram o caminho que queríamos. Ainda resistimos ao que aconteceu no passado e agora estamos resistindo ao que é. A esperança nos leva a prosseguir, mas a esperança nos mantém focalizados no futuro, e esse foco contínuo perpetua a negação do AGORA e, portanto, a nossa infelicidade.

Esqueça a situação da sua vida por um instante e preste atenção à sua vida.
A nossa situação de vida existe no tempo.
Nossa vida é agora.
Nossa situação de vida é coisa da mente.
Nossa vida é real.
Encontre o “Portão Estreito que conduz à vida”.
Ele é chamado de AGORA.

Restrinja a sua vida a esse exato momento. Sua situação de vida pode estar cheia de problemas – a maioria das situações de vida está – mas verifique se você tem algum problema nesse exato momento. Não amanhã ou dentro de dez minutos, mas já. Você tem um problema agora?
...

Você tem preocupações? Tem muitos pensamentos do tipo “E se...”? Você está identificado com a mente, que está se projetando num futuro imaginário e criando o medo. Não há como enfrentar tal tipo de situação, por que ela não existe. Você pode parar com essa insanidade que corrói a saúde e a vida aceitando simplesmente o momento presente.

Perceba sua respiração. E sinta o ar entrando e saindo de seu corpo. Sinta seu campo interno de energia. Tudo o que você sempre teve de lidar, tudo o que teve de enfrentar na vida real, em oposição as projeções imaginárias da mente, é o momento presente. Pergunte-se qual é o seu “problema” neste exato momento, não no ano que vem ou amanhã ou daqui a cinco minutos.

Você pode sempre enfrentar o agora, mas não pode jamais enfrentar o futuro, nem tem de fazer isso. A resposta, a força, a atitude certa estarão a sua disposição quando você precisar, nem antes nem depois.
...

Quando estamos cheios de problemas, não há espaço para nada novo entrar, nenhum espaço para uma solução. Portanto, sempre que você puder, crie algum espaço para encontrar a vida sob a situação de vida.

Utilize os seus sentidos plenamente. Esteja onde você está. Olhe em volta. Apenas olhe, não interprete. Veja as luzes, as formas, as cores, as texturas. Esteja consciente da presença silenciosa de cada objeto. Esteja consciente do espaço que permite a cada coisa existir. Ouça os sons, não os julgue. Ouça o silêncio por trás dos sons. Toque alguma coisa, qualquer coisa. Sinta e reconheça o Ser dentro dela. Observe o ritmo da sua respiração. Sinta o ar fluindo para dentro e para fora. Sinta a energia vital dentro do seu corpo. Permita que as coisas aconteçam, no interior e no exterior. Deixe que todas as coisas “sejam”. Mova-se profundamente para dentro do agora.
...


Eckhart Tolle – O poder do Agora

Para uma vida feliz



Faça aquilo que quiser,
Mas faça.
E de preferência da melhor maneira.
Estude para ser "alguém",
e se você já é "alguém", estude para ganhar novos conhecimentos...
eles nunca são demais.
Beije várias pessoas.
Mas beije aquelas que tenha realmente prazer em beijar.
Ame sem receios de amar,
Ame sem lembrar das desilusões do passado...
Ame.
Dance sem olhar para os lados procurando olhares intimidadores...
Apenas dance,
e esqueça do mundo.
Sorria.
A pessoa que cultiva sorrisos acaba com qualquer fraqueza.
(Interna ou externa).
Sinta.
Sinta o vento, os olhares, as músicas preferidas, os abraços.
Se permita ter novos sonhos e a mudar velhos conceitos.
A vida está em movimento, e tende a fazer você se movimentar também.
(Isso não é errado! Mudar velhos conceitos não é falsidade, e sim amadurecimento interno!)
Crie harmonia entre você e a vida.
Faça dela um instrumento para o seu bem estar.
Escute a voz que diz dentro de você...
Ela realmente fala mais verdades.
Ame, Crie, Acredite, vá em frente...
Seja feliz com você, e tudo acabará sendo feliz junto de você! :)


Gentilmente cedido por Val

terça-feira, 8 de julho de 2008

Numa tarde fria

..." √ลℓéяiล diz:
passou muito frio hoje?
Marcel diz:
Putz....muuuuuuuuito
Marcel diz:
Mas passei mais solidão do que frio.
Marcel diz:
É muito foda, mas às vezes acho que estou construindo algo em mim mesmo suportando esse tipo de situação
Marcel diz:
sabe val, hoje passei o dia inteiro pensando numa coisa daquelas do gurdjieff e dos sufis
Marcel diz:
e lembrei de você também
√ลℓéяiล diz:
o que?
Marcel diz:
Eu tô começando a achar realmente que o "sofrimento" que a gente tem na vida não é ruim....
Marcel diz:
e aliás é a melhor coisa que podia nos acontecer
Marcel diz:
Apesar de ser difícil e triste, ele com certeza gera crescimento....as pessoas que não tem sofrimento e não passam por dificuldades ficam imaturas e insossas
Marcel diz:
E as que tem ficam mais brilhantes e vistosas, como um diamante lapidado
√ลℓéяiล diz:
Sim sim... mas ele não é ruim mesmo... Na hora que a gente sofre é péssimo... mas depois quando as coisas vão se acalmando, a gente vê que realmente foi bom.
Marcel diz:
Na linguagem do Gurjieff, o sofrimento desperta e força e a consciência e cria os corpos sutis que a gente usaria depois da morte....que eu acredito que eu você e várias outras pessoas já temos em razoável qualidade
Marcel diz:
As coisas vão ficando cada vez mais claras na minha mente e no meu coração a respeito desse funcionamento.....e isso é muito estranho, porque vai criando um buraco, abrindo um espaço entre eu e a minha morte....e em alguns momentos sinto ridícula a idéia de que às vezes mesmo que inconscientemente sinto medo da morte
Marcel diz:
Um eu bem bichinho, inconsciente, que morre de medo de tudo
Marcel diz:
Me dá a imagem de um gatinho assustado com uma folha grande balançando perto dele
Marcel diz:
Ao mesmo tempo bunitinho e ignorante...tadinho
Marcel diz:
Só que quando consigo enxergar as coisas assim me dá um prazer indescritível....porque se eu vejo o gatinho de fora.....é porque naquele momento eu num sô ele....
Marcel diz:
eu sou algo maior.....que foi criado pelo conflito, pelo atrito gerado nas dores que passei e pelo processamento dessa energia criando esse eu sólido e maior
Marcel diz:
Ai meu deus, eu devo estar ficando loko mesmo
Marcel diz:
Se eu falo um negócio desses pro marcelo ele me interna
Marcel diz:
=)
√ลℓéяiล diz:
hehehehe
√ลℓéяiล diz:
você não está louco
√ลℓéяiล diz:
só tá se vendo como é mesmo... tá vendo que você é algo maior do que parece.
√ลℓéяiล diz:
maior do que vc sente que as vezes não é...
Marcel diz:
Muito foda, porque eu num tenho referência mais do que é ser normal....minha concepção é que essa coisa de normal num existe.
Marcel diz:
Tenho medo de num ser essa pessoa na hora da morte, e de que quando não consigo ver as coisas dessa maneira eu tenha perdido para sempre essa capacidade
Marcel diz:
Trabalinho lascado esse, porque às vezes me sinto tão sozinho que chega a ser quase insuportável.
√ลℓéяiล diz:
humm vamos por partes.
Marcel diz:
É como se eu fosse um peixinho no chão seco....fora do habitat natural....
Que se colocou ali por pura vontade de aprender a respirar ar...
Marcel diz:
Num precisa se preocupar comigo não, eu tô bem...só gosto de me abrir com você.
√ลℓéяiล diz:
se você sentiu que é algo maior, é porque você verdairamente é... e não é porque você vai morrer um dia que isso vai deixar você no meio do caminho e você vai morrer sem ser o que você é. Tudo fica ai dentro de você, mesmo que vc não lembre ou esqueça. Você sentiu, sente... tá ai com você.
Se sentir sozinho é normal... mas não se pode deixar chegar ao ponto de ser insuportável.. isso não faz bem. Até uma hora que vc vai acostumar a ser sozinho, e ai você vai ver o que é insuportável, ter que recriar todos os vínculos e todas as coisas...
√ลℓéяiล diz:
Não consigo não me preocupar =)
Marcel diz:
Então...mas é um sozinho diferente, isso de ficar sem os vínculos com as pessoas é diferente,
Marcel diz:
Num existe a possibilidade de eu num me relacionar....mas é só que as relações num me fazem me sentir menos sozinho mais
√ลℓéяiล diz:
hummm que bom =)
Marcel diz:
Em qualquer momento quando estou com outras pessoas ou não, se eu parar pra reparar essa solidão me acompanha....
Marcel diz:
ela sempre esteve lá na forma de um incômodo, mas agora eu sei que é ela que me incomoda
√ลℓéяiล diz:
e você tem idéia do porque que ela incomoda?
Marcel diz:
e ao mesmo tempo (acho?) que me faz mais condensado.....como se fosse o fogo que forja a espada
Marcel diz:
Porque a espada num se sente exatamente confortavel quando é forjada.
Marcel diz:
Como quando estamos aprendendo algo difícil, quase que dói.....é parecido
√ลℓéяiล diz:
é que você ainda sente um baque de uma perda...
Marcel diz:
E até hoje sempre quis me iluminar pra me livrar desse sofrimento, desse incomodo....
Marcel diz:
que sempre existiu, mas de forma latente, atrapalhava minha vida, mas a minha ilusão diminuia a atenção que eu dava pra ele e me nutria com falsas esperanças
Marcel diz:
E ele doía menos....às custas de saber que minha vida estava de alguma maneira errada
Marcel diz:
E num conseguir enxergar onde estava a incoerência.....o que criava outro sofrimento de exatamente mesma intensidade e incomodo
Marcel diz:
Como é loko essas coisa né?
Marcel diz:
Tapa aqui tirando dali ....fica faltando ali
Marcel diz:
Comecei todas as minhas buscas por causa desse incômodo, e agora vejo que é ele que me move
Marcel diz:
e não sei como ele ficara no futuro, se passará ou não, mas tenho certeza que hoje ele é real, sei bem o que é, e sei que sua existencia é fundamental pra mim na minha vida hoje
Marcel diz:
e tudo que faço hoje é manifestação dele, de uma forma ou de outra. Mas agora pelo menos eu consigo manifestar na realidade essa dor e instabilidade que sempre esteva lá.
Marcel diz:
E sinto que de alguma maneira fazendo isso essa coisa cicatriza....e precisei criar um casamento, uma vida de anos, cuidada com carinho e amor, para perdê-la
√ลℓéяiล diz:
ter descoberto o que é já é algo otimo =)
Marcel diz:
e passar por isso de forma inevitável, inescapável
Marcel diz:
Todo o processo é maravilhoso na verdade.....só é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito foda
Marcel diz:
Tem momentos que acho que vou enlouquecer....meu peito arde de falta de ressonância, falta de encontro
Marcel diz:
como se eu tivesse sido criado pra ser junto a tudo e estivesse sozinho, não cumprindo assim minha tarefa
Marcel diz:
Uma coisa muito maluca" ...

A Verdadeira natureza do espaço e do tempo

Pense agora no seguinte: se não existisse nada, só o silêncio, ele não teria nenhum significado, porque você nem ia saber o que era aquilo. Só quando o som apareceu é que o silêncio passou a ter um sentido. Da mesma forma, se só existisse o espaço, sem nenhum objeto, ele também nada significaria para você. Imagine-se como um ponto de consciência flutuando na imensidão do espaço, sem nenhuma estrela, nenhuma galáxia, somente o vazio. O espaço não teria imensidão, ele nem estaria ali. Não haveria velocidade, nem movimento de um ponto para outro. São necessários ao menos dois pontos de referência para que a distância e velocidade possam ter um significado. O espaço só passa a ter um significado no momento em que a unidade se transforma em dois, e em que, como “dois”, se transforma em “dez mil coisas”, que é como Lao-Tsé chama o Mundo manifesto. É assim que o espaço se amplia cada vez mais. Portanto, o mundo e o espaço surgem no mesmo momento.

Nada poderia SER sem que houvesse o espaço, ainda que o espaço não seja nada. Mesmo antes que o mundo existisse, antes do Big-Bang se você preferir, não existia nenhum espaço vazio esperando para ser preenchido. Não existia nenhum espaço, assim como não existia coisa alguma. Só existia o Não Manifesto, a unidade. Quando a unidade se transformou em “dez mil coisas”, o espaço, de repente, mostrou que estava ali, permitindo que as dez mil coisas existissem. De onde ele terá surgido? Será que Deus o criou para acomodar o mundo? Claro que não. O espaço é coisa nenhuma, portanto ele nunca foi criado.

Saia de casa em uma noite clara e olhe para o céu. As milhares de estrelas que podemos ver a olho nu não passam de uma fração infinitesimal do que existe lá por cima. Os telescópios mais potentes já conseguem identificar um milhão de galáxias, cada uma formando um “mundo isolado”, contendo, cada um, bilhões e bilhões de estrelas. Ainda assim, o que inspira mais respeito é o próprio espaço sem fim, a profundidade e a quietude que possibilitam que toda essa grandeza exista. Nada poderia inspirar mais respeito e grandiosidade do que a inconcebível imensidão e quietude do espaço, e, ainda assim, o que ele é? Um vazio, um imenso vazio.

Aquilo que se apresenta para nós como espaço, no nosso mundo percebido através da mente e dos sentidos, é a forma exteriorizada do próprio não manifesto. (...) E o grande milagre é que essa quietude e imensidão que permitem o universo ser, não estão apenas lá no espaço, estão também dentro de nós. Quando estamos inteira e totalmente presentes, nós o encontramos como o espaço interior e sereno da mente vazia.


Eckhart Tolle – O poder do Agora

Sobre Buda



Um discípulo pergunta ao Osho:









Buda disse a respeito da alma: “Era apenas uma bolha que já não existe mais. Eu não estou aqui, assim, para onde irei?”. Então, o que é isso que não morre nem nasce?

Existe um Mar sobre o qual as ondas vêm e vão, mas o mar permanece o mesmo. As ondas não estão separadas do mar, mas não são o mar. As ondas são formas nascidas do mar, são aparências que tomam forma e morrem. Uma onda que permanece onda para sempre não pode ter esse nome. A palavra onda significa que ela morre logo que nasce. Aquilo de onde a onda se ergue está sempre presente, mas o que se ergue não está. É uma dança do transitório no seio do eterno. O mar nunca nasce; a onda está nascendo. O mar nunca morre; a onda está sempre morrendo. No momento que a onda fica sabendo que é o mar, ultrapassa a cadeia de vida e morte. Mas enquanto acredita ser onda, está dentro da possibilidade de nascimento e morte.

O tempo não interfere nisso. Esta existência não está ao nosso alcance porque nossos sentidos só podem compreender a aparência e a forma. Nossos sentidos não podem compreender aquilo que está além do nome e da forma.

Portanto, quando Buda disse que nasceu como uma bolha, está se referindo aos dois aspectos de uma bolha. O que contém uma bolha? Se entrarmos numa bolha, descobriremos que uma quantidade muito pequena de ar, o mesmo ar infinitamente espalhado no exterior, está contido numa fina película de água. Essa película aprisionou uma pequena porção de ar, e essa pequena quantidade de ar tornou-se uma bolha.

Naturalmente, assim como tudo, a bolha também se expande. Expandindo-se, ela se rompe e estoura. Então o ar que estava dentro da bolha une-se ao ar de fora e a água une-se a água. Mas o que veio à existência nesse meio tempo foi um “Arco-íris existencial”. Nada mudou no ar ou na água; eles permaneceram os mesmos. Mas nesse meio tempo uma forma nasceu e morreu.


Fonte da imagem
http://www.gnosisonline.org/Magia_Cosmica/images/mandala_buda.jpg

Além do Raciocínio

A vida como um todo se fundamenta em pólos opostos.
(...) mas com nossas mentes e raciocínios tentamos eliminar as incoerências.
(...) Na existência, todas as incoerências estão reunidas. A Morte e a Vida estão sempre juntas.
(...) a verdade absorve em si mesma o seu próprio oposto. (...)
A lógica parece nítida porque divide as coisas em opostos.
(...) vida é vida, e morte é morte; (...). Desta maneira tornamos nossos conceitos claros e matemáticos, mas o mistério da vida se perde. É por isso que não podemos chegar à verdade pelo raciocínio. O raciocínio é a tentativa de ser coerente, e a verdade, por sua própria natureza, é incoerente.
(...) Você pode raciocinar também, de maneira tão lógica, que se tornará impossível derrotá-lo por argumentos. Mas perderá a verdade.

Não sou um filósofo ou um lógico, mas uso sempre a lógica. Uso com o único propósito de conduzir o seu pensamento até o ponto no qual você pode ser destacado dele. Estou subindo uma escada, mas ela não é meu objetivo; terei de abandoná-la. Só uso o raciocínio para conhecer o que esta além dele.



Osho – Dimensões Além do Conhecido

Relatividade


Entender a realidade, tanto interna quanto externa, é uma premissa básica para a auto-transformação; não se modifica o que não se conhece. Perceber como as coisas funcionam por trás da nossa percepção rotineira nos dá referências para extrapolar esses funcionamentos para as áreas (até então) ocultas da nossa vida, e ajudar a entender as razões pelas quais coisas acontecem conosco e à nossa volta. Assim podemos ampliar nossa percepção de nós mesmos e do mundo.

Perceber que o Espaço e Tempo são coisas como quaisquer outras e podem ser manipuladas, distorcidas e até mesmo quebradas é o primeiro passo para a consciência do que é Onipresença e Eternidade.

Aqui segue um texto que escrevi há tempos para uma exposição sobre a Teoria da Relatividade de Einstein da forma mais simples que encontrei. Todo mundo já ouviu falar dela, mas ninguém sabe do que se trata direito, então, aqui vai:


"A maior parte das nossas experiências e observações cotidianas referem-se a corpos que se movem com velocidades muito menores que a velocidade da luz, de 300.000 km/s. Toda a mecânica newtoniana (aquela que a gente aprendeu na escola), que se desenvolveu a partir da nossa noção intuitiva de espaço e tempo, funciona muito bem para corpos se movimentando a baixas velocidades. Mas essa é uma visão restrita da realidade, um caso particular de uma regra geral, que foi descoberta por Einstein aos 26 anos de idade.


Com o passar dos anos, e com o avanço tecnológico, a ciência acabou esbarrando com uma situação muito particular que parecia não ter solução. Montou-se uma aparelhagem que consistia de duas placas metálicas separadas por certa distância no vácuo, cada uma carregada eletricamente de forma a atrair para uma das placas qualquer partícula subatômica localizada entre elas que possuísse carga elétrica. A lei que regula a velocidade de uma partícula imersa num campo elétrico dizia que quanto maior a carga nas placas, maior seria a velocidade da partícula.
Uma vez iniciado o experimento, aceleraram um elétron entre as placas que por fim atingiu uma velocidade de 99% da velocidade da luz (aplicando-se vários milhões de volts nas placas). A seguir, quadruplicaram a carga nas placas, esperando uma duplicação da velocidade do elétron (para quase duas vezes a velocidade da luz), segundo as leis vigentes. Mas para a surpresa geral, houve um pequeno aumento na velocidade do elétron, mas mantendo essa ainda abaixo da velocidade da luz.


Dezenas de experimentos semelhantes foram feitos ao redor do mundo tentando comprovar (ou refutar) os resultados obtidos neste, todos atingindo os mesmos resultados. Só havia uma conclusão possível: A lei dos movimentos dos corpos estava errada. Mais tarde, veio-se a descobrir que não estavam erradas, mas eram um caso particular da regra geral, para corpos que se movem a baixas velocidades.
Com a ajuda das teorias do Eletromagnetismo de Maxwell, que de forma simples diz que a velocidade da luz tem sempre um valor fixo (aquele de aproximadamente 300.000 km/s), Einstein concluiu que “a velocidade da luz tem o mesmo valor em todos os referenciais inerciais”. Mas o que é um referencial inercial? Aqui precisaremos de um breve esclarecimento teórico.


Quando nos movimentamos, a percepção dessa movimentação se dá apenas pela percepção de que de certa forma “o mundo anda para trás”. Como você saberia que está se movimentando se não houvesse nada ao seu redor que pudesse lhe dar a sensação de estar se afastando ou se aproximando? A Terra cruza o espaço ao redor do Sol a 1.800 km/h e nem por isso seus cabelos estão esvoaçantes. Não sentimos essa velocidade porque a atmosfera, as ruas, as casas e tudo o mais que nos rodeia vai junto conosco nessa viagem. Um referencial inercial é um ponto de vista que ou está parado, ou está com velocidade constante. Assim, eu estou parado (ou em repouso como dizemos em física), em relação ao referencial inercial da Terra. Ou eu e a Terra estamos nos movimentando com velocidade constante para o referencial inercial do Sol.


Unindo essa afirmação de Einstein a afirmação de Maxwell acerca da constância da velocidade da Luz, temos a teoria da relatividade restrita que pode nos proporcionar algumas situações de contra-senso interessantes. Uma delas é a utilizada por Einstein para explicar o funcionamento de sua nova teoria.
Imagine um referencial inercial numa mulher parada a beira de um trilho de trem, que observa um homem com uma lanterna no fundo de um vagão de trem aberto que se move com velocidade constante. O homem dispara um feixe de luz em direção à porta, na frente do vagão. Para o homem, o pulso de luz demorará um certo tempinho para atravessar o comprimento do vagão. No mesmo tempo que a luz demorou pra cruzar o vagão, lembrando que o trem se movimenta na mesma direção do feixe de luz, para a mulher, o feixe percorreu uma distância maior que para o homem. Para ela, a luz além de cruzar o vagão, também andou mais o pouco que o trem andou naquele intervalo de tempo. Como se fosse você correndo para frente, dentro de um vagão do metrô em movimento; alguém do lado de fora perceberia sua velocidade como sendo a velocidade da sua corrida somada à velocidade do metrô. Portanto, a velocidade do pulso teria de ser a velocidade da luz somada à velocidade do trem.


Mas a velocidade da luz é sempre constante. Então se o pulso demorou certo tempo idêntico para andar as duas distâncias, e a velocidade do pulso é a mesma, obrigatoriamente as duas distâncias têm que ser iguais! Mas como se elas são diferentes? A única solução possível para essa aparente contradição é a prevista pela teoria da relatividade, que a medida do espaço depende do referencial. Assim, para o homem, o trecho de espaço percorrido pela luz no referencial da mulher tem que sofrer uma contração para se igualar ao seu espaço próprio, ou o espaço percebido pelo homem se visto do ponto de vista da mulher deve sofrer uma expansão para se igualar ao dela.

Dessa forma, dá pra perceber (pra quem conseguiu entender essa maluquice) que não existe um espaço absoluto. Ele depende de quem está olhando, ou seja, a medida “um metro” é relativa (dai o nome relatividade). Depende de quem é o metro. Num raciocínio análogo pode-se provar que existe uma contração ou expansão no tempo, de acordo com a mudança do referencial.

Essa nova forma de encarar o espaço e o tempo traz profundas conseqüências em todas as áreas onde essas grandezas (espaço e tempo) estão envolvidas. Um caso particularmente interessante é o que acontece com a noção de Simultaneidade, mas isso é uma conversa pra outra ocasião."

Quando Me Amei de Verdade

Quando me amei de verdade,
compreendi que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E, então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome...
Auto-estima.

Quando me amei de verdade,
pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional,
não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades.
Hoje sei que isso é...
Autenticidade.

Quando me amei de verdade,
parei de desejar que a minha vida fosse diferente
e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento .
Hoje chamo isso de...
Amadurecimento.

Quando me amei de verdade,
comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação
ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo,
mesmo sabendo que não é o momento
ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é...
Respeito.

Quando me amei de verdade,
comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável ...
Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo.
De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama...
Amor-próprio.

Quando me amei de verdade,
deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é...
Simplicidade.

Quando me amei de verdade,
desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes.
Hoje descobri a...
Humildade.

Quando me amei de verdade,
desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o Futuro.
Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez.
Isso é...
Plenitude.

Quando me amei de verdade,
percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração,
ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é....
SABER VIVER ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

Não devemos ter medo dos confrontos...
Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."

Retirado do Livro:

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Quando Me Amei de Verdade

por KIM MCMILLEN ALLISON MCMILLEN

20 sugestões para o Bem Viver

1. Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2. Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3. Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

4. Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5. Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho,em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser a sua vida.

6. Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos.

7. Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8. Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9. Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a ser conseguido na vida.

10. Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11. Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é sua própria identidade.

12. Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso,é a trava do movimento e da busca.

13. É preciso ter sempre alguém em quem se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.

14. Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15. Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram de bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16. Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17. A rigidez é boa na pedra, não no ser humano. A ele cabe firmeza.

18. Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19. Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas : a intuição, a inocência e a fé.

20. Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que você se fizer.

G. I. Gurdjieff

Iniciando o trabalho


Segundo o Behaviorismo Radical, que é a filosofia que embasa a Análise do Comportamento (uma corrente da Psicologia), entende-se que o aprendizado do autoconhecimento se dá através da mediação da comunidade verbal, pois ela é responsável por instalar habilidades de seguir instruções, por exemplo, que é uma forma mais precisa e rápida de aprendizagem.


Isso quer dizer que quando alguém nos ensina como fazer algo, descrevendo as contingências pelas quais devemos passar (passo-a-passo), a aprendizagem é mais rápida e eficiente. Portanto, a troca de informações é fundamental para o trabalho de autoconhecimento, pois podemos seguir as "pistas" e "placas" para onde seguir.


Outro fator importante é que em grupo temos mais modelos para seguir e os outros podem nos auxiliar com dicas, comentários, sugestões, relatos de experiências, atenção, carinho e respeito - tudo o que facilita um aprendizado.


O objetivo desse blog é exatamente esse: trocar informações sobre esse trabalho interno do autoconhecimento.


Todas as experiências nesse sentido serão muito bem-vindas.


Então vamos lá, pessoal! Vamos respirar fundo, endireitar a coluna e abrir a mente para compreender um pouquinho mais de nós mesmos e desse mundo em que vivemos.
Jéssica.