quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Egoísmo gera solidão e atrasa suas metas



Só em falar no assunto, a polêmica paira no ar: quem é egoísta tem dificuldade em admitir ou prefere ficar calado, com medo das críticas. E quem se opõe a esse tipo de comportamento não perde a chance de criticá-lo. "Há uma idéia de que o egoísta sempre age em benefício próprio, mesmo que isso possa prejudicar alguém", afirma o psiquiatra Geraldo Possendoro, especialista em medicina comportamental. "Portanto, quem critica uma pessoa egoísta também está agindo em causa própria, com receio de que venha a sofrer os efeitos do egoísmo do outro".

Os especialistas ainda não sabem dizer se pensar demais em si mesmo é uma característica natural dos seres humanos ou um hábito que aparece com o tempo, conforme as experiências vividas. "Sabemos que as crianças são egoístas e dependem disso para afirmar suas vontades. Mas faz parte da passagem à idade adulta o abandono deste modelo", explica o médico. Com as responsabilidades crescendo, o individualismo tende a surgir, ou seja, um comportamento em que é preciso satisfazer suas necessidades, mas sem abrir mão de pensar nas outras pessoas.
Egoísta ou egocêntrico? 
As palavras são parecidas, mas o uso delas refere-se a perfis bem distintos. "Uma pessoa egocêntrica não olha para os lados, ela não quer saber como os outros estão se sentindo. O mundo inteiro precisa se adaptar aos interesses do egocêntrico", afirma o psiquiatra. Já o egoísta, segundo ele está preocupado em tirar o melhor proveito da situação conforme ela se apresenta.

Na prática, a diferença aparece de forma bem simples. "O egoísta aceita ir ao cinema, mesmo detestando o filme, desde que o melhor lugar esteja reservado para ele. Já o egocêntrico só combina programas que ele aprove, jamais admitindo alguma contrariedade, por menor que seja ela", exemplifica a psicóloga Carmem da Nóbrega, de Campinas.
Lado bom
Lidar com gente assim não é moleza e, na maioria das vezes, a solidão acaba sendo a única companhia de quem, simplesmente, não se ocupa com o outro. "Tenho um grupo de amigos que sempre sai junto. Nós somos parecidos, então é difícil ter confusão na hora de decidir o que fazer", afirma a secretaria Magali Novaes. "Mas arrumei um namorado que me levou a brigar com meus amigos, porque tudo tinha de ser do jeito dele. Até que nem eu aguentei mais e acabamos nos separando".

Esse tipo de choque, na maioria das vezes, tem resultados extremos: contribui para o que o egoísta repense sua forma de agir ou agrava ainda mais o isolamento desse tipo de pessoa. "O ideal, nesses casos, é mostrar que a colaboração é positiva, que todos ganhamos ao permitir que o outro expresse seus desejos", diz a psicóloga.

O problema é que existe muito mal entendido entre estar disposto a entender outras pessoas e ceder a vontades que não são suas. "E não é isso: quando você decide ouvir quem está por perto, há muito mais chances de resolver os impasses da rotina de forma criativa. O egoísta perde muitas oportunidades ao deixar de ar ouvidos ao outro, com medo de que seus objetivos estarão sob ameaça", diz o especialista da Unifesp.
Camila Moura, hoje estudante de arquitetura e estagiária de uma empresa de construção, precisou ter sangue frio e bancar o egoísmo em nome de um sonho. "Via minha família passar dificuldades financeiras durante o ano inteiro, mas não podia ajudar. Eu tinha que usar meu dinheiro para pagar a matrícula da faculdade. Hoje ganho bem e posso dar uma vida confortável a eles", conta ela.

Só é preciso ficar de olho nas situações em que o seu comportamento começa a atrapalhar o convívio social, afastando as amizades e dificultando o relacionamento. "Além de não se preocupar com o outro, casos extremos de egoísmo são marcados pelo prazer em fazer escolhas que vão magoar o outro", explica o psiquiatra.

Egoísmo patológicoVeja os sinais de que o problema precisa de tratamento especializado, com um psicólogo ou com um psiquiatra

Dificuldade de relacionamento: no trabalho, em casa ou com os amigos, há sempre uma briga na hora de fazer escolhas e o que deveria ser uma experiência agradável termina em conflito. "É normal discordar dos outros de vez em quando. Mas vale analisar se você só está satisfeito quando tudo está a seu favor", afirma Carmem.

Falta de interesse nas atividades que outras pessoas sugerem: se tudo não está do seu jeito, melhor desistir. "Pessoas egoístas não conseguem se envolver em atividades que tragam mais benefício ao outro do que a elas próprias", afirma a psicóloga.

Solidão: uma pessoa egoísta, raramente, tem um grande círculo social. Os amigos inventam desculpas para se afastar dele e a família não faz questão de tê-lo por perto. No trabalho, há problemas para desenvolver projetos em equipe.

Fonte: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/10774-egoismo-gera-solidao-e-atrasa-suas-metas
Foto: Google

domingo, 3 de fevereiro de 2013

As 3 pilastras fundamentais da Iluminada Ordem do Amor



Pode-se dizer que o grupo tem 3 pilastras fundamentais para o seu funcionamento pleno. Essas pilastras podem ser divididas em papéis ou objetivos fundamentais.

O primeiro papel fundamental é o do Dirigente. No grupo quem cumpre esse papel é o Marcel. Essa função foi se criando e solidificando ao longo do estudo pessoal e da busca interna dele. Se cristalizou quando participou de 2 outros grupos que utilizavam o chá para o conhecimento de si mesmo até que percebeu ser capaz de liderar um grupo sozinho. A IOA foi criada em 2005 como sendo uma escola onde as pessoas poderiam aprender formas e jeitos de se melhorar e melhorar sua vida. Mas, a IOA foi criada para um fim e tem objetivos bastante definidos. O mais importante deles é ser um local onde as pessoas podem aprender o quanto elas podem mudar sua vida e como fazer isso, sendo utilizada uma metodologia baseada em explicações e ensinamentos onde o membro pode ter toda a bagagem intelectual e emocional que ele precisa para poder entender e compreender a si mesmo. Esse é o primeiro passo para o objetivo ser cumprido em toda sua totalidade.

Para realizar o primeiro papel fundamental, existe um segundo papel que é o uso da ferramenta Ayahuasca que nos dá a capacidade de ampliação de consciência. Essa ferramenta é utilizada em um processo de conhecimento de si mesmo pois ela carrega consigo este caráter de aguçar nossa percepção de maneira clara e bastante calma. Isso é imprecindível em um trabalho onde um dos objetivos é o conhecimento de si mesmo, pois com a facilidade que ele nos dá de explorar nossa sensibilidade, conteúdos e ensinamentos são melhores entendidos e compreendidos. E também essa ferramenta cumpre o papel de dar a capacidade de diminuir a resistência do indivíduo diante das coisas, de si mesmo e dos conteúdos abordados em sessão, o que facilita e permite que o primeiro papel fundamental seja cumprido de forma equilibrada e continua.
O chá também trás para a pessoa e o contexto de trabalho, um aprendizado enorme sobre ela mesma. Com a sua capacidade de aflorar sentimentos e sensações que vivemos escondendo, faz com que tenhamos a necessidade de trabalhar esses sentimentos. O ambiente do grupo é todo voltado para que essas sensações tenham um espaço ideal para aflorarem e serem trabalhadas com calma e firmeza. Para isso é necessário a bagagem intelectual, emocional e as facilidades que a ferramenta nos dá.

O que gera dúvida a respeito dessa ferramenta é o seu papel em um trabalho como o nosso. Constantemente podemos ver grupos e pessoas que trabalham com o chá e não são pessoas melhores, não mudam de vida. Porque isso acontece? Porque o chá por si mesmo, o efeito dele por si mesmo, não muda uma pessoa. O chá em união com o objetivo de um dirigente em trazer entendimento e compreensão sobre a vida não muda uma pessoa, não muda uma vida. O objetivo de um dirigente por si só não muda uma pessoa. O que muda efetivamente é a união estável com um terceiro papel fundamental, que é o papel do membro da IOA.

Esse é um dos papéis mais importantes e difíceis. A responsabilidade fundamental do membro é fazer um trabalho interno alinhado com o objetivo do grupo. Isso é dessa forma porque as pessoas que aparecem em um trabalho como esse vieram buscando algo ou alguma coisa. É importante o Membro ter sempre isso em mente. Para encontrar o que busca é fundamental ter comprometimento consigo e com os outros, vontade e o querer buscar e encontrar.

Em um primeiro momento é importante que o membro crie uma bagagem intelectual e emocional sólida que será feito de forma passiva, onde a maior parte do tempo será ouvindo os conteúdos.
Mas, pode-se perceber que se o intuito é se conhecer, ouvir por ouvir não mudará você e muito menos a sua vida. Nesse momento se inicia o trabalho consigo mesmo.

Gurdjieff, um mestre russo, diz que o indivíduo só entende um conteúdo quando ele trabalha em cima deste com o objetivo de entende-lo de verdade em toda sua complexidade. É importante que a pessoa queira saber mais a partir do conteúdo escutado para que esse processo ocorra de forma completa. Ao ouvir você precisa estar atento, depois deverá existir toda uma reflexão em cima do conteúdo. Ver, perceber, sentir como ele se encaixaria em sua vida e quais as consequências esse conteúdo trás a você (seus lados positivos e negativos, por exemplo), até ele ser maturado e interiorizado por completo. Até esse momento acontecer, o que pode ser rápido ou demorar algum tempo, você não pode dizer que sabe sobre aquilo.

Muitos membros que já passaram pelo grupo não tiveram paciência ou capacidade interna de esperar o tempo que o seu intelecto e sua percepção demorariam para entender certos conceitos e colocaram a culpa no grupo. O membro também tem como função perceber e entender de maneira sadia que ele não vai entender tudo sempre, que ele tem limitações, mas que elas podem ser ultrapassadas com o tempo e com essa conduta de “querer entender mais”, de querer mudar sua vida. Em muitas ocasiões as coisas vão parecer fora de lugar, mas o trabalho é assim mesmo. Essa é uma medida que você pode usar de referencia como demonstração de que o trabalho está acontecendo, está surgindo uma mudança. É necessário esse processo de limpeza e auto-conhecimento antes de adquirir novos conhecimentos. Esse é o momento de ser humilde e persistente.
Essa é a posição inicial que um membro ocupa ao adentrar num trabalho como esse. Isso dura diferentes tempos de acordo com cada pessoa.

Depois que o membro tiver um pouco mais de percepção e compreensão de algumas coisas, a necessidade se torna cumprir um papel mais ativo diante de sua própria vida e diante das outras pessoas (muitas delas, fora do grupo). Nesse momento fica mais claro o conceito de que a IOA é uma escola. Aqui você encontrará todo o ensinamento necessário para sua reflexão e compreensão, como se fossem dadas aulas de auto-conhecimento. Esse conhecimento será mais para frente testado pela própria vida, nesse caso serão dificuldades ou problemas (pessoais, internos ou externos).

Diante de todo o trabalho você irá perceber que a vida irá colocar dificuldades das mais diversas. Cabe a você tomar a postura ativa e mostrar que sabe agir a respeito. Isso só cabe a você. O tempo que demora para acontecer essa maturidade interior de ser capaz de resolver seus próprios problemas, cabe a você modificar O problema e a vida como um todo exige coragem e é nesse momento que você irá mostrar a que veio. Irá encarar seus medos e resolverá sua vida. Você tem toda bagagem intelectual e emocional que vai precisar para usar nesses momentos, mas é preciso agir. Caso não exista essa atitude, não haverá mudança. Esse é um dos preços que nós pagamos por estarmos em um trabalho como esse. Temos a oportunidade de  mostrar a todo momento que somos senhores de si mesmos em todo o poder que isso tem. Posso dizer com toda a certeza que isso não é nem um pouco fácil e que em vários momentos para conseguir resolver essas questões será necessário assumir coisas que você não queira. Em geral a solução do problema está em mudar aquilo que você não quer assumir.

Mas assumir e seguir em frente também faz parte de uma postura ativa e madura. Birras, choros, brigas só vão distanciar você do objetivo que você tinha ao procurar um grupo como esse.

Esse é o papel mais difícil, pois o que você desconhece lhe dá medo e muitas das coisas que acontecem em sua vida podem parecer ao acaso, sem sentido, mascarado de sensações diferentes. Darei um exemplo: muitos problemas são colocados pela sua mente que é funciona de maneira automática e portanto não evolui.

Nossa mente é como um filtro que simplifica a realidade e limita as experiências.
Em um contexto de grupo, um problema que acontece muito é o processo de transferência, que é o processo que acontece quando você não consegue lidar muito bem com você mesmo e isso acaba “escapando” de você e é transferido para as pessoas que estão mais perto. Muitas vezes você pode perceber que irá sentir raiva, culpa, rejeição, como se alguém estivesse ativamente fazendo você sentir assim,  mas pelo contrário, isso é algo que tem dentro de você que se espalha para que você enxergue com maior amplitude e consiga resolver de outra maneira, de fora para dentro (já que de dentro para fora não é possível muitas vezes). Isso tudo é uma das manifestações que sua mente pode criar para te distanciar da evolução que você tanto quer desde que entrou no grupo. Esse é só um exemplo, mas isso pode acontecer de outras maneiras também, como a necessidade quase visceral de chamar a atenção dos outros, sendo com choro, birra, pedindo colo ou necessitando aprovação alheia em tudo, tanto com os dirigentes quanto entre as pessoas membras do grupo.
Isso é natural que aconteça e até nisso o grupo tem papel fundamental, pois se não houvesse esse contexto de grupo, certas percepções externalizadas de si mesmo ficariam impossíveis.

Pode-se perceber que talvez o ambiente do grupo e todo esse trabalho pode parecer desconfortável. E na verdade é. É importante que seja, porque enquanto está tudo gostoso e tranquilo nós temos a tendência em acomodar e ficarmos parados e iludidos. Em muitos momentos você irá sentir esse desconforto e vai aparecer para você 2 opções, sair do grupo, fugir, reclamar, brigar, ou aceitar, entender, buscar ultrapassar o desconforto, transcender e evoluir.

Você pode ter como parâmetro pessoal que todas as sensações devem ter um equilíbrio. Se alguma sensação está em algum momento demasiadamente exagerada é essa sensação que precisa de atenção, trabalho e entendimento. Não existe uma regra, o trabalho é contínuo e mutável. Quando você tiver um pouco mais de controle e conhecimento sobre si, esse trabalho também poderá ser controlado e maleável de acordo com a sua vontade.

É muito importante que o membro busque trabalhos auxiliares nesse momento. Terapias, grupos terapêuticos e leitura são essências.

Também é de extrema importância que o membro pense com bastante amor e calma se ele realmente deseja um trabalho como esse. Ao mesmo tempo que o grupo dá toda a base que ele precisa isso tem uma troca criando uma grande egrégora, cada um que falta ou sai causa uma perturbação muito grande nas pessoas que ficam.

Todo esse esforço tem uma grande recompensa que é o objetivo final desses três pilares juntos que é a felicidade plena e libertação interna. Isso vai acontecendo em níveis conforme os obstáculos vão sendo superados, cada vez que uma dificuldade é superada de maneira humilde e comprometida uma nova porta se abre e você se ganha um pouco mais. E isso acontece em todos os âmbitos da vidas, no profissional, no afetivo, familiar e principalmente no seu mundo pessoal. É um trabalho árduo mas é só uma fase inicial que dura uns poucos anos e que ao longo deste tempo você poderá fazer checagens para perceber e notar o quanto disso já melhorou e está estável!

Esse trabalho é uma escolha que a pessoa pode fazer a qualquer momento da vida e funciona como um investimento, quanto se ganha é proporcional ao quanto se dá.

E essa aproximação de si mesmo é em última instancia aproximação de Deus.

Texto por Valéria A. Rocchetti (membra ativa da IOA desde 2008)
Foto: Google